Silvio Santos coloca SBT à venda por valor bilionário; saiba quanto

ENTRETENIMENTO

Enquanto bancos e grupos de mídia conversam nos bastidores e aguardam a mudança na legislação para priorizar parceiros internacionais, o SBT não quer esperar. Sílvio Santos teria autorizado ao menos dois representantes a vender sua emissora.

Na avaliação de uma pessoa que ouviu a proposta, o problema é a falta de um plano de sucessão. “O SBT é o Silvio Santos. O Silvio quer R$ 1 bilhão para vender a TV. Mas quanto vale o SBT sem o Silvio e sem as empresas do grupo que anunciam no canal? O modelo de negócios foi montado para vender os produtos de Silvio.”

Para um ex-presidente de uma TV, o problema do SBT e de boa parte dos grupos de comunicação é a falta de um plano de negócios claro. “O problema não é o preço. A dificuldade é mostrar que R$ 1 bilhão vai ser recuperado e vai virar ainda mais dinheiro no futuro.”

TV e o problema de imagem no país – Um representante de Silvio Santos, acompanhado de um apresentador do SBT, levou a proposta a um conglomerado brasileiro que já possui investimentos em mídia. Mas o grupo não demonstrou interesse por avaliar que teria mais “dor de cabeça do que oportunidade” comprando uma TV.

Neste caso, o problema nem foi o preço. Mesmo que o valor pedido por Silvio Santos fosse menor, grandes grupos brasileiros com capital suficiente para adquirir ou se associar a grandes TVs afirmam que a compra de emissoras seria um processo complexo, com mais riscos de imagem do que benefícios neste momento.

O cenário político é complexo, e a influência das TVs neste contexto, que a grosso modo se divide entre as emissoras a favor e contra o governo Bolsonaro, pode atrapalhar outros negócios. Procurado, o SBT afirmou por meio de sua assessoria que não comentaria.

Os demais candidatos e a oposição – Embora não dependam de uma única marca como Silvio Santos, Band e RedeTV! possuem estruturas menos profissionalizadas em comparação à Globo, avalia um executivo ouvido pela coluna.

Outro problema seria a presença incipiente da Band e da Rede TV! no streaming e a alta dependência do YouTube e Facebook no caso da RedeTV!. As novelas infantis do SBT estão entre as atrações mais vistas da Netflix e fazem sucesso no YouTube. Mas a monetização de conteúdo infantil é menor em relação a conteúdos para adultos, por exemplo.

A Record se opõe ao capital estrangeiro e sequer quer sócios. Mas dinheiro não parece ser um problema na empresa. De acordo com balanço publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em um ano o patrimônio da Record deu um salto de R$ 3,2 bilhões, crescimento de 176,6%.

O patrimônio líquido consolidado, que era de R$ 1,826 bilhão em 31 de dezembro de 2019, saltou para R$ 5,050 bilhões em 2020. O valor adicional veio do banco Digimais, comprado pelo bispo Edir Macedo.

Como ser mídia sem ser mídia
Existe ainda a possibilidade de grupos estrangeiros entrarem no país investindo em meios digitais, em que a legislação é menos rígida. Eles poderiam ser donos de portais ou redes sociais, produzir conteúdo e não seguir o limite de capital estrangeiro.

A Netflix é um grupo estrangeiro de mídia que opera no Brasil e também oferece em sua plataforma documentários e conteúdos de viés jornalístico, como a recém-anunciada produção sobre o jogador Neymar.

Existem ainda sites com propriedade 100% estrangeira e que produzem conteúdo jornalístico no país. Essa brecha desvaloriza as demais propriedades tradicionais de mídia no Brasil, que gradualmente se tornam obsoletas em tempos que os consumidores mudam rapidamente para o digital. Agora, é o streaming gratuito que começa a despontar. 

Fusões e aquisições são tendência – A saída de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos teve diversos impactos na mídia americana. Além de manchetes menos espetaculares, a mudança de governo deu início a uma onda de fusões e aquisições de grupos de TV e notícias em geral.

“Fusões e aquisições são um jogo de confiança. Com a certeza política, o fim da pandemia à vista e mercados de capitais fortes, os níveis de confiança no topo das empresas e nas salas de diretoria estão altos. Isso é um bom presságio para fusões e aquisições”, afirmou Anu Aiyengar, co-chefe global de Fusões e Aquisições do J. P. Morgan em relatório do banco.

Relatório da empresa de consultoria e auditoria PwC mostra que mais de 410 fusões e aquisições foram negociadas no mercado americano, movimentando mais de US$ 83 bilhões, apenas nos primeiros seis meses de 2021.

“À medida que a guerra do streaming aumenta, algumas empresas de mídia voltam sua atenção para a aquisição de conteúdo”, afirma a PwC, acrescentando que “a dinâmica cada vez mais competitiva no 5G e streaming estão acelerando as fusões e aquisições em 2021 e devem continuar nos próximos anos”.

Com a crescente competição com as empresas de tecnologia, como Google, Meta (ex-Facebook) e Amazon, os grupos de mídia tradicionais têm-se unido para resistir ao rápido processo de digitalização, que tem levado a audiência e verbas publicitárias da TV aberta e a cabo para o streaming e redes sociais.

Por outro lado, as empresas de tecnologia têm adquirido produtores de conteúdo para aumentar a oferta de conteúdo. A compra dos estúdios MGM pela Amazon por US$ 8,45 bilhões é um exemplo. 

Estrangeiros vão precisar de opções
Em 2021, o número de fusões e aquisições nos Estados Unidos alcançou um recorde histórico. Segundo dados da Refinitiv, o volume de negócios ultrapassou US$ 4,3 trilhões, quase o dobro do período do ano até a data de 2020. É 34,4% mais do que em 2007, recorde anterior.

Um dos maiores negócios foi a fusão da WarnerMedia com a Discovery, criando um gigante de US$ 150 bilhões. A HBO Max, parte do grupo, tem no Brasil seu maior mercado fora dos Estados Unidos. Ninguém descarta que, após a aprovação final do acordo, a empresa seja novamente vendida ou prossiga com novas aquisições.

A ViacomCBS e a NBCUniversal se uniram para trabalhar juntas fora dos Estados Unidos para acelerar o crescimento no streaming. O acordo aumentou os comentários de que deve ocorrer uma fusão total das duas empresas.

A Meredith, um dos maiores grupos de mídia do mundo, vendeu suas emissoras de TV local para a Gray Television neste ano. Depois, o restante da operação foi adquirido pela Dotdash. O alto endividamento da empresa era visto como um problema. 

Na Europa e Ásia ocorrem movimentos semelhantes. À medida que esses mercados maduros se tornam saturados, o natural é que os investidores busquem novos mercados como o Brasil. Mas se esse dinheiro chegará ao país, vai depender dos nossos políticos e se vão ou não alterar a Constituição para permitir a entrada dos estrangeiros na mídia local.

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