Mais um policial militar foi expulso da corporação por participar do motim dos agentes de segurança do Ceará ocorrido em 2020. A decisão pela expulsão do soldado Gabriel Lima Martins foi publicada pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (18).
Conforme a publicação, no dia 23 de fevereiro de 2020 o policial Gabriel Lima juntou-se aos militares amotinados no Quartel do 18º BPM – local de concentração, valendo-se de equipamento próprio das forças policiais, “o que demonstra afronta à disciplina militar e, em assim sendo, praticado ato de incitação à subversão da Ordem Política e Social e instigado outros policiais a atuarem com desobediência), comprovado mediante Processo Regular, haja vista a violação aos valores militares”.
Além dele, os soldados José Wendel Melo Siqueira e José Afonsio Parente Feijó Júnior foram punidos com permanência disciplinar e deverão ser retidos nos respectivos órgãos militares.
Ao todo, já chegam a oito PMs excluídos dos quadros da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e oito punidos com sanções disciplinares de permanência por participação no movimento paredista.
Líder do movimento – Entre os agentes expulsos está o policial militar Flávio Alves Sabino, o Cabo Sabino (foto ao lado), por ter liderado motim dos agentes. A decisão, assinada pelo Controlador Geral de Disciplina, Rodrigo Bona Carneiro, foi publicada no Diário Oficial do Estado em dezembro de 2021.
Desde o dia 27 de outubro a Comissão Disciplinar Militar que integra a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) recomendou a expulsão de Cabo Sabino da corporação. Ele também chegou a ser deputado federal.
Na ocasião, Cabo Sabino chegou a se antecipar da decisão oficial, publicando sobre a expulsão nas redes sociais. “A CGD decidiu hoje pela minha expulsão da PMCE após 29 anos de serviço. Como disse o apóstolo Paulo: ‘Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé’. Isso só Deus pode tirar de mim, não cabe aos homens”, escreveu Sabino.
No mesmo período também foi expulso da Polícia Militar do Ceará o Cabo Kenneth Almeida Belo.
No dia do início do motim, 18 de fevereiro, Cabo Sabino e mulheres que se intitulavam “esposas de militares” se dirigiram para o 18º Batalhão de Polícia Militar no Bairro Antônio Bezerra, onde fecharam a entrada do prédio e iniciaram uma manifestação, com adesão dos PMs, de acordo com o MPCE.
Viaturas e motocicletas policiais começaram a ter os pneus esvaziados, para não circularem. O movimento, então, se espalhara por pelo menos 13 batalhões da capital cearense e do interior.
*** Informações com 👉 G1 Ceará
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