Campanha de Bolsonaro: Pacote eleitoreiro de emergência traz impasse político e assusta economia

POLÍTICA

A agitação política causada por “jabutis” postos no relatório do senador Fernando Bezerra (MDB-PE) para aprovar o pacote que une vários projetos de emenda constitucional visando a reduzir, na marra, impostos e os preços dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações e criar novo saco de bondades para turbinar a reeleição do presidente Bolsonaro afetou a economia. Não só as ações caíram, gerando queda de 0,96% no Ibovespa. Na véspera do vencimento dos contratos futuros, o dólar também teve leve ajuste.

A tensão causada pelo termo “estado de emergência”, incluído pelo relator, que tanto podia configurar um cheque em branco para o governo gastar quase R$ 100 bilhões, como, em termos largos, poderia embutir uma situação que, “in extremis” justificasse até o adiamento das eleições (criando um impasse institucional com o Superior Tribunal Eleitoral e o STF. A tensão foi tal que a votação foi adiada para esta 5ª feira. Com a devida remoção de jabutis.

Quanto cairia a inflação

Cumprindo o papel de assessoria, departamentos de estudos econômicos de bancos e consultorias fizeram simulações para medir o impacto que as benesses poderiam causar na área fiscal, inflação (IPCA) e no quadro eleitoral.

A conclusão, já percebida pelo governo, que fez da votação da PEC 18 e da PEC 16 um “Cavalo de Troia”, incluindo benesses eleitoreiras que gerariam mais R$ 38,5 bilhões de gastos fora do teto do Orçamento Geral da União, foi de que uma queda na inflação traria menos efeito no ânimo do eleitor, até aqui fechado com o ex-presidente Lula, do que transferências diretas de recursos.

Levando em conta que os postos de gasolina vão repassar para o consumidor 80% da redução de impostos da gasolina e que a redução do ICMS na energia e telecomunicações seja 100% transferida ao consumidor no pacote em negociação no Congresso, o Depec Itaú fez nova revisão para baixo na previsão de inflação deste ano e reduziu o IPCA de 2022, de 8,7% para 7,5%. Antes do pacote, o Itaú previa IPCA de 9,3% em dezembro.

O poder do dinheiro

Já com o aumento de 50% no Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600) e a incorporação de mais 1,5 milhão de pessoas que estavam na fila, o governo injetaria mais R$ 26 bilhões na economia com o AB para cerca de 22 milhões de eleitores.

A elevação de 100% do auxílio gás de R$ 53, com a redução da periodicidade que era bimensal para 30 dias, injetaria mais R$ 1 bilhão junto a 5,6 milhões de brasileiros, sobretudo donas de casa.

Já o cheque caminhoneiro de até R$ 1.200 atingiria cerca de 400/500 mil motoristas, a um custo de R$ 5 bilhões (se ficar restrito a R$ 1 mil mensais) ou R$ 6 bilhões, se chegar a R$ R$ 1,2 mil.

Os gastos com a cobertura do subsídio (gratuidade) ao transporte público das pessoas com mais de 65 anos, custaria mais R$ 2 bilhões.

Já a redução de impostos sobre o etanol custaria R$ 4 bilhões.

Injeção iguala o déficit de maio

Esse pacotão é quase igual ao déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 39,4 bilhões registrado em maio.

Por isso, a disposição de dobrar a aposta para tentar reforçar a campanha de Jair Bolsonaro, que tem sensibilizado pouco o eleitorado feminino e do Nordeste, assusta o mercado financeiro, que teme repiques de impostos e de inflação em 2023, depois que as urnas forem apuradas. O Itaú prevê 5,6% de inflação para o ano que vem, bem acima do previsto pelo Banco Central.

Guimarães se fingiu de morto

Após a denúncia de assédio sexual a funcionárias da Caixa Econômica Federal, na tarde de 3ª feira (28), o seu ex-presidente bem que tentou na manhã de hoje se fingir de morto para ver se recebia uma boia de salvação do presidente Jair Bolsonaro.

Pedro Duarte Guimarães aproveitou evento interno para levar a constrangida esposa para a plateia e fez juras de ser executivo respeitador da ética e dos bons costumes (sua passagem anterior pelo Santander e pelo Banco Plural, que minimizou em seu currículo, onde é valorizada a atuação no BTG-Pactual, desmente a fala), bem como um exemplar marido e pai de família.

Pragmatismo de campanha

De nada adiantou. Apesar da admiração que o PR tinha por seu trabalho à frente do maior banco social do país, a imagem de Jair Bolsonaro ficaria ainda pior junto ao eleitorado feminino se Pedro Guimarães ficasse mais um dia à frente da Caixa (na última pesquisa DataFolha, 61% das mulheres, que são 52% dos eleitores do país, rejeitavam Bolsonaro).

A situação era de vaca desconhecer bezerro. O máximo que o presidente poderia fazer, segundo auxiliares da campanha, era enviar ambulância do SAMU para recolher o moribundo executivo, a quem restou pedir demissão.

À tarde, mesmo sem ser efetivada, a economista Daniella Marques Consentino, que era assessora de Paulo Guedes no Ministério da Economia, participava na 2ª fila do lançamento do Plano-Safra 2022-23, no Palácio do Planalto, cerimônia feita para Bolsonaro se dirigir aos apoiadores do agronegócio.

No escript original, Pedro Guimarães teria presença destacada no evento. Ele apresentaria a disposição da Caixa, que mais do que dobrara o apoio financeiro no ano passado, de reforçar a atuação junto ao agronegócio.

*** Informações com ➡ Jornal do Brasil

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