Atenção: Suspeita de poliomielite em criança no Pará é ‘alerta’ e pode ‘sinalizar crise’

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A Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) investiga um possível caso de poliomielite, que causa paralisia infantil, em uma criança de três anos. Informe foi feito nesta quinta-feira (6), apesar de o laudo ter sido emitido na terça-feira (4). Não há confirmação de que há circulação do vírus, que foi encontrado nas fezes do paciente com paralisia nos membros inferiores.

“A Sespa informa que trata-se de um caso ainda sob investigação, em um paciente de 3 anos, de Santo Antônio do Tauá, nordeste do Pará. O Ministério da Saúde foi notificado e também acompanha o caso”, diz nota encaminhada à imprensa.

De acordo com a Agência Brasil, a criança começou a apresentar os sintomas em 21 de agosto, com febre, dores musculares, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda, um dos sintomas mais característicos da poliomielite. Dias depois, perdeu a força nos membros inferiores e foi levada por sua responsável a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no dia 12 de setembro.

A doença é considerada erradicada no Brasil desde 1989, mas há queda na cobertura vacinal, e caso haja um retorno da doença, há possibilidade de uma nova crise sanitária no país. Análise é do infectologista Unaí Tupinambás.

Confirmada a detecção do vírus da paralisia infantil em uma criança de 3 anos no Pará. A última vez que o Brasil registrou um caso de poliomielite foi em 1989. Historicamente 95%+ das crianças eram vacinadas contra a polio. Esse ano a campanha vacinou apenas 50%. Uma tragédia.

“O caso emite um alerta nacional. Estava erradicada, mas pode voltar com a destruição do programa nacional de saúde, do [Sistema Único de Saúde] SUS, levou ao que pode virar uma crise. Tem que fazer uma campanha intensa de vacinação. O Zé Gotinha entrar na área, ampliar. É preocupante e temos que agir. Para impedir que a paralisia infantil volte, precisamos ter uma cobertura de 90%. Crianças vão ficar suscetíveis com a baixa na cobertura”, explica o médico.

Ainda não houve posicionamento oficial do Ministério da Saúde, ou da Secretaria de Estado da Saúde do Pará. O isolamento do poliovírus nas fezes não representa, necessariamente, que há circulação do vírus. O caso é um alerta, contudo, para a possibilidade de que haja circulação.

Na quarta-feira (5), Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, afirmou que o Brasil está “na zona de risco” para reintrodução do vírus. “Infelizmente, temos assistido ao retorno em vários países por causa da queda na vacinação”, ressaltou. “Precisamos agir agora. Faço um apelo aos pais, levem as crianças menores de cinco anos aos postos de vacinação”, completou.

Criança não teria completado a vacinação

“O tipo de vírus detectado no exame é um dos componentes da vacina, não se tratando do pólio vírus selvagem, já erradicado no país desde 1994”, ressaltou a Secretaria de Estado da Saúde do Pará em nota. O Ministério da Saúde disse que vai enviar uma equipe ao estado para acompanhar a investigação. A pasta suspeita que o caso esteja relacionado a um erro na vacinação da criança.

O CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) nacional deve emitir um comunicado de risco atualizado sobre o tema. Segundo integrantes da pasta, não existe circulação do vírus no Brasil e o caso deriva de uma provável aplicação errônea da vacina. Eles dizem temer ainda que a repercussão atrapalhe na campanha de imunização contra a doença.

De acordo com nota técnica da Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, do governo paraense, o poliovírus foi isolado nas fezes da criança. O caso havia sido previamente notificado como paralisia flácida aguda (PFA). A Vigilância Epidemiológica municipal afirmou que, ao tomar conhecimento, realizou visita domiciliar e solicitou pesquisa de poliovírus nas fezes da criança.

Também afirma que o esquema vacinal do menino estava incompleto. Ela não recebeu as doses da VIP (vacina inativada contra poliomielite) previamente, e também possuía apenas duas doses de VOP, o que está em desacordo com as normas do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Investigação

Conforme o documento oficial, outras hipóteses que não sejam diagnóstico de poliomielite não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré. O caso ocorreu em Santo Antônio do Tauá, após, em 16 de setembro, amostras de fezes da criança terem sido colhidas e encaminhadas ao Laboratório de Referência do Instituto Evandro Chagas.

O exame foi feito depois que a criança apresentou febre, dores musculares, mialgia e paralisia flácida aguda (PFA) no último 21 de agosto. Houve, também, perda de força nos membros relatada.

A campanha de vacinação contra poliomielite terminou setembro sem ter atingido a meta do governo federal de imunização, fixada em 95% das crianças com idade entre um e cinco anos. Até o dia 29, havia 54% de cobertura vacinal.

A poliomielite pode causar diferentes complicações em crianças infectadas, como paralisia dos braços e das pernas e problemas no sistema respiratório. No PNI (Programa Nacional de Imunizações), o esquema vacinal é composto por cinco aplicações. A primeira dose deve ser adotada aos dois meses de idade. A segunda é aplicada aos quatro meses e a terceira, aos seis. Todas essas três aplicações são da vacina injetável, chamada de Salk.

Além delas, existem dois reforços: o primeiro aos 15 meses e o segundo com quatro anos de idade. Essas últimas duas aplicações são feitas com a vacina em gotinhas, conhecida pelo nome Sabin. Esta não é a primeira vez o Brasil enfrenta baixos índices na cobertura vacinal contra a pólio. O último no qual o país alcançou a meta de vacinar no mínimo 95% da população alvo foi em 2015.

Esquema vacinal

  • 1ª dose: dois meses de idade (vacina injetável)
  • 2ª dose: quatro meses (vacina injetável)
  • 3ª dose: seis meses (vacina injetável)
  • 1º reforço: 15 meses (vacina em gotinhas)
  • 2º reforço: 4 anos (vacina em gotinhas)

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