Protestos marcam a Copa do Catar num país que não respeita direitos humanos.

ESPORTES

Antes mesmo de concluir as primeiras rodadas do torneio, a Copa do Catar já se configura como a edição com mais manifestações de protesto na história dos mundiais de futebol. Não chega a ser uma surpresa depois de anos seguidos de críticas internacionais à organização do evento. A fragilidade da garantia dos direitos humanos no Catar é incontestável, um dos países em que as diferenças sociais são gritantes.

Simboliza essa condição a suntuosidade e modernidade dos estádios onde jogam as seleções e o tratamento análogo à escravidão dispensado aos trabalhadores na construção dessas arenas, pessoas pobres do Catar e de outros países da região. Assusta demais ler os números apresentados por organizações humanitárias sobre o número de mortos nas obras dos estádios durante a década de construção desses gigantes arquitetônicos no meio do deserto. As apurações exibem números entre 5 mil e 13 mil mortos, em relatos que creditam essa barbaridade ao extremo calor em Doha e à falta de treinamento dos trabalhadores para lidar com cargas pesadas e andaimes muito altos.

A partida entre Inglaterra e Irã, disputada na segunda-feira (21), é um exemplo de jogo agitado dentro e fora do estádio. A polêmica começou na semana que antecedeu a Copa. Seleções de sete países europeus anunciaram que seus capitães usariam uma braçadeira com as cores do arco-íris e a inscrição “1 love”, em apoio à causa LGBTQIA+. O Catar proíbe relações homossexuais com penas que podem chegar à execução. O ex-jogador de futebol iraniano Khalid Salman, nomeado “embaixador da Copa”, disse que “a homossexualidade é um dano na mente”. Ao tomar conhecimento da movimentação das federações europeias, a FIFA avisou que aplicaria uma multa pesada para cada uma se algum de seus jogadores usasse abraçadeira multicolorida.

A Inglaterra, primeira seleção desse grupo de protesto que entraria em campo, avisou que pagaria a multa imposta pela FIFA, preservando o direito ao protesto. Diante dessa desobediência anunciada, a FIFA apelou para uma punição esportiva: se o capitão inglês Harry Kane usasse a braçadeira colorida, levaria cartão amarelo. E isso se repetria em todos os jogos. A Inglaterra recuou, mas mesmo assim Kane mostrou alguma resistência, entrando em campo com uma braçadeira preta com a inscrição “no discrimination” (não à discriminação). Outro país que teve de recuar de manifestação a favor do movimento LGBTQIA+ foi a Bélgica. O uniforme teria detalhes em faixas multicoloridas características da luta por diversidade sexual e, na parte interna da gola, a inscrição “love”. A Fifa proibiu, a Bélgica acatou.

Momentos antes de o árbitro autorizar o início de Inglaterra x Irã, os britânicos se ajoelharam no campo por alguns segundos, gesto já consagrado em prol dos direitos igualitários. Pouco antes, a seleção do Irã também inscreveu seu nome nos casos de protestos da Copa. Enfileirados para o hino nacional, os jogadores permaneceram o tempo inteiro com a boca fechada. Nenhum deles aceitou cantar o hino do país, protestando contra ataques à liberdade de expressão, aos direitos das mulheres e à diversidade sexual. Na arquibancada, a torcida iraniana abriu bandeira do país com três palavras escritas nela, em inglês: “mulher”, “vida” e “liberdade”.

Outro caso ganhou destaque na terça-feira, quando a Dinamarca empatou sem gols com a Tunísia. A Hummel, fornecedora oficial na seleção, apresentou toda vermelha, sem os detalhes em branco que o uniforme costuma ter, exceto o nome e o número do jogador. Os logos da Associação Dinamarquesa e da própria Hummel são integralmente no mesmo tom de vermelho, se tornando invisíveis para quem assiste ao jogo. O comunicado oficial da empresa diz: “Esta camisa leva consigo uma mensagem. Não queremos ser visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Apoiamos sempre a seleção dinamarquesa, mas isso não é o mesmo que apoiar o Catar como anfitrião”, publicou a empresa em suas redes sociais.

Na quarta-feira, dia 23, jogadores da Alemanha comlocaram a mão sobre a boca ao posar para a foto oficial do time antes de enfrentar o Japão. Era o início das manifestações contra a repressão.

Até a final do Mundial, em 18 de dezembro, é muito provável que a lista de embates políticos aumente.

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