“Ensinando a violência para nossas crianças”: Curso de tiro para crianças em Goiás causa polêmica. Veja fotos

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Mirelle Pinheiro/Carlos Carone (Metrópoles) – Um curso de tiro para crianças promovido pelo Clube de Caça e Tiro Hunter, em Jataí, no Sudoeste de Goiás, causou polêmica nas redes sociais. O treino, chamado “Projeto Hunter Atirador Mirim”, ocorreu em 1º de abril. Na mesma semana, os organizadores das aulas divulgaram imagens de um grupo de 10 crianças com armas de pressão em mãos, do tipo airsoft. (Atenção click aqui)

A legislação prevê que armas de airsoft só podem ser adquiridas por maiores de 18 anos e são indicada para a prática de tiro desportivo. As crianças praticaram testes da atividade e chegaram a receber certificados. Também houve um pódio, para premiar primeiro, segundo e terceiro lugares.

Em território nacional, o esporte é regulamentado pelo Exército Brasileiro. Uma portaria dita as regras para o uso dos equipamentos. É preciso, por exemplo, ter nota fiscal que comprove a legalidade da arma. Também é necessário que os itens tenham “marcação na extremidade do cano [de tiro], na cor laranja fluorescente ou vermelho vivo”.

As armas airsoft são réplicas de armas reais. Geralmente, são pistolas e rifles com ação de mola ou gás e funcionam como armas de pressão que disparam projéteis plásticos. A munição são bolinhas de plástico: projéteis de 6 ou 8 milímetros.

Apesar de não ter poder letal, o disparo de uma arma de airsoft é potente e pode machucar. Dessa forma, é recomendado o uso de equipamentos de segurança, como óculos de proteção.

Segundo o médico psiquiatra Fábio Aurélio Costa Leite, atividades envolvendo armas, mesmo que de brinquedo ou de pressão, podem gerar reflexos a longo prazo. “Os pais precisam saber quais são estímulos que as crianças podem receber. É por isso que temos toda a preocupação com a internet, como a pornografia, por exemplo. Crianças e adolescentes são extremamente influenciáveis. Não conseguem ter noção do perigo que manusear uma arma pode ter. Às vezes, uma arma de brinquedo pode não ser interpretada como algo extremamente perigoso e letal. Em uma brincadeira, a criança que sabe atirar pode simplesmente machucar um colega por não ter noção de realidade. Pode fazer algo que não estava previsto. Simplesmente por uma brincadeira, que é natural”, ressaltou.

“É importante que a criança não tenha familiaridade com armas nessa idade. A familiaridade que a ela deve ter é com outro tipo de estímulo, como o esporte, leitura, música e arte. São coisas que vão ajudar a organizar conceitos abstratos. Não existe trabalho cientifico que indique que é benéfico criança fazer curso de tiro”, completou.

Nota divulgada

Após a repercussão do caso, o clube de tiro publicou nota afirmando que o Instagram removeu as fotos do perfil na rede social, por considerar conteúdo que incita a violência. “Para esclarecer postagens equivocadas, por falta de conhecimento: o próprio Instagram apagou nossa postagem do evento. Não foi apagado por nós. Decerto, em breve, após estudo do ocorrido, o Instagram volte atrás e retorne com a publicação”, escreveram os responsáveis pela conta.

Na nota, o grupo afirmou ser uma “empresa totalmente idônea, a qual exerce atividade voltada para a prática de tiro esportivo, com uma estrutura extremamente moderna e segura aos usuários, que preza pela lisura de atividades, respeitando todas as normas jurídicas para esse mister, e, assim, busca excelência e segurança no atendimento de clientes”.

O texto acrescenta que o clube preza pela segurança dos atiradores esportivos e cumpre “à risca” a legislação que regula as entidades de tiro esportivo, não permitindo o exercício da atividade por “pessoas inabilitadas” nas dependências da empresa.

(..) “Recentemente, no dia 1/4/2023, foi realizado, nas dependências do Clube Hunter, um evento recreativo para crianças e adolescentes, onde os pais dos menores fizeram as respectivas inscrições dos filhos, bem como assinaram termo de autorização. O referido evento consistia em um curso de tiro esportivo e manuseio de arma airsoft (arma de pressão), o que não se confunde com arma de fogo ou simulacro, realizado por instrutores de tiro totalmente habilitados, valendo-se de EPIs [equipamentos de proteção individual] para todos os envolvidos, bem como na presença dos pais. A intenção do evento foi ensinar o manuseio do airsoft, sobretudo para demonstrar que mesmo a arma de brinquedo tem regras de utilização que devem ser respeitadas, sobretudo para evitar acidentes envolvendo menores, o que possível de acontecer com qualquer objeto, inclusive, aqueles de uso doméstico.”

A empresa completa: “A legislação brasileira não traz nenhuma vedação para o curso que foi ministrado, sobretudo porque todos os responsáveis legais (pais) estavam presentes ao evento. Ademais, a comercialização de airsoft é totalmente legalizada a maiores de 18 anos, sendo que, no referido curso, não houve nenhuma comercialização aos menores”.

E atenção click aqui para ter acesso ao álbum de imagens dessas crianças.

*** Informações com ➡ Metrópoles

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