Após anúncio de uma condenação por estupro; Cuca cede à pressão da torcida e pede demissão do Corinthians

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Cuca não é mais o técnico do Corinthians. O agora ex-treinador cedeu à pressão da torcida, gerada por conta de sua condenação por estupro em Berna, na Suíca, e pediu demissão do cargo na madrugada desta quinta-feira (27/04/2023), logo após a vitória por 2 a 0 sobre o Remo, pela terceira fase da Copa do Brasil. O Timão reverteu a desvantagem pelo mesmo placar no jogo da ida e avançou às oitavas de final da competição.

A saída foi comunicada durante entrevista coletiva. Cuca alegou que, embora tenha esperado “uma vida inteira para estar aqui”, resolveu atender um pedido de sua família. Sua passagem pelo alvinegro paulista durou apenas uma semana: além da vitória contra o Leão Azul, o time perdeu por 3 a 1 para o Goiás, no domingo, pela segunda rodada do Brasileirão.

“Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. ‘Pai, vem, estamos precisando’. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês”, disse Cuca, em breve pronunciamento.

Antes de falar com os jornalistas, Cuca foi abraçado por todos os jogadores ainda no gramado na Neo Química Arena. O presidente Duilio Monteiro Alves lamentou a saída, disse que Cuca vem sofrendo um “massacre” e já iniciou a busca por um novo comandante.

O caso

Desde sua chegada ao Parque São Jorge, o técnico foi alvo de protestos por parte da torcida do Timão, e até jogadoras da equipe feminina, que repudiaram a contratação de um condenado por estupro em 1989, na Suíça. A diretoria corintiana, encabeçada principalmente pelo presidente Duilio, dizia acreditar na inocência do treinador, que assim se declara.

Na primeira entrevista concedida ao assumir o cargo, Cuca afirmou que não cometeu abuso sexual e que a menina de 13 anos, vítima do estupro, nunca o apontou como um dos agressores. De acordo com Cuca, a jovem teria afirmado, “em três ocasiões”, que o técnico não estaria no local durante o ato sexual.

Essa versão, entretanto, foi rebatida pelo advogado suíço Willi Egloff, responsável pela defesa da vítima. Segundo jornais locais, o esperma de Cuca também foi encontrado. Diante disso, Cuca contratou advogados e tentará se provar inocente na Suíça.

“Contratei o Doutor Daniel Bialski, criminalista, a Doutora Bia, que vão fazer todo o trabalho que eu nunca pude fazer. Agora vai ser feito. Quem fala coisas indevidas também, quem julga também pode ser julgado, mas o mais importante é agradecer o presidente. É uma pessoa maravilhosa. Eu conversei com ele, já tinha tomado essa decisão ontem. Ele vive ali dentro, como se fosse mais um, humilde, e eu estava prejudicando ele. A pressão que ele está sofrendo é enorme”, reiterou.

“Então não é justo deixar eles sofrendo por um problema que é meu. É nisso que foi baseado essa saída minha. Agradecer aos jogadores nesses sete dias que estive aí, me abraçaram, compraram o meu barulho, minhas ideias. Se Deus quiser, volto um dia para poder fazer um trabalho do começo ao fim”, completou Cuca.

Cuca disse ter sofrido muita pressão nos últimos dias, chegou a usar a palavra “massacre” para contextualizar essa insatisfação. Inclusive, afirmou que a decisão de deixar o cargo se deu na terça-feira, antes do jogo contra o Remo.

“Antes desse sonho se realizar, tiveram três, quatro dias muito pesados para mim. De pesadelo. Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando.

Ameaças

Outro ponto que justifica a saída precoce do ex-comandante, segundo ele próprio, é uma suposta ameaça contra a vida de seus familiares. Cuca também alega que “não quer ser vítima de nada”.

“O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele. Quando invade as redes sociais das filhas e mulher com ameaças e ofensas descabidas. Chega um momento em que, sinceramente… Eu vou fazer 60 anos no mês que vem, você pesa o que vale e o que não vale a pena na vida. Neste momento, quero fazer valer a pena minha família, a coisa mais importante que tenho no mundo. Não esperava a avalanche que aconteceu aqui. São coisas já passadas há muito tempo, ressurgidas como se tivessem acontecido hoje. Fui julgado e punido pela internet, entre aspas. Isso tem uma consequência muito grande”, finalizou.

O estupro em Berna

O caso teve início em 1987, quando o então tricampeão gaúcho Grêmio fazia uma excursão comemorativa pela Suíça. Cuca (na época conhecido apenas por seu nome de batismo, Alexi Stival) e outros três atletas foram detidos com a alegação de terem tido relações sexuais com uma garota de 13 anos sem consentimento.

Segundo a investigação da polícia local, a jovem se dirigiu com amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio apenas para conseguir uma camisa do time como “souvenir”. Os atletas, então, a puxaram para dentro e a abusaram. Todos os quatro ficaram 28 dias presos antes de voltarem ao Brasil. O julgamento aconteceu só dois anos depois.

Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Já Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por coação, por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

Cuca, porém, nega que tenha cometido o estupro.

 ➡ (..) “Esse é um tema delicado, um tema pessoal meu. Eu faço questão de falar sobre ele, e vou tentar ser o mais aberto possível quanto a isso, quanto ao que me cabe. Tenho vaga lembrança de tudo o que aconteceu porque foi há muito tempo. Nessa vaga lembrança que tenho, eu tinha 20 e poucos anos na época. Nós iríamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, o quarto era o que eu estava junto com outros jogadores. Era um quarto duplo. Essa foi a minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada” disse Cuca, ao ser apresentado no Corinthians, na última sexta.

 ➡ (..) “As pessoas falam que houve um estupro, houve acho que um ato sexual a vulnerável. Essa foi a pena que foi dada. A gente vê e ouve um monte de coisas que são inverdades, chegam a ofender. Eu vou fazer 60 anos daqui um mês, tenho duas filhas, uma de 32 e outra de 34. É um tema que elas nem existiam, já era casado com a Regiane e sou casado até hoje. Venho de uma casa onde sou o único homem da casa. Respeitei e respeito todas as mulheres. Nunca encostei o dedo indevidamente em uma mulher, nunca, ao longo de todos esses anos que vivo na bola, já trabalhei com vocês da imprensa, já estive em diversos clubes, já estive duas vezes no São Paulo, no Santos e no Palmeiras. Nunca me foi perguntado isso numa coletiva, não é só o Cuca que não falou do tema. Por quê? Porque naquele tempo as leis eram as mesmas”, completou o técnico.

Pressa

Enquanto isso, o Corinthians tem pressa para fechar com seu novo técnico e quer definir o substituto de Cuca antes do clássico contra o Palmeiras. O Dérbi será no sábado, às 18h30, no Allianz Parque, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Na manhã desta quinta-feira, o presidente Duilio Monteiro e o gerente de futebol Alessandro Nunes se reunirão no CT em busca de uma solução. Eles acreditam que o processo seletivo pode ser rápido, já que na semana passada discutiram e até mesmo conversaram com alguns treinadores.

*** Informações com ➡ Jornal do Brasil

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