Em Londres, Lula pede liberdade de Julian Assange e critica silêncio da imprensa mundial. Assista

POLÍTICA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a liberdade do jornalista australiano Julian Assange. Desta vez, na própria Inglaterra, país onde o fundador da WikiLeaks encontra-se detido há mais de quatro anos em uma penitenciária de segurança máxima.

Em entrevista coletiva concedida neste sábado (6/05/2023), em Londres, onde participou de encontros diplomáticos e da coroação do rei Charles III, o petista foi questionado por uma repórter sobre a prisão de Assange. Ele aproveitou para cobrar um posicionamento mais duro da imprensa mundial a respeito do que ele considera uma perseguição judicial protagonizada pelos Estados Unidos.

“É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia, e a gente não fazer nada para ajudar. A gente briga e fala em liberdade de expressão e não faz nada. O cara [Assange] está preso porque denunciou as falcatruas. O cara não denunciou nada vulgar. O cara denunciou que um Estado estava vigiando os outros. E isso virou crime contra o jornalista? E a imprensa não se mexe na defesa desse jornalista. Eu sinceramente não consigo entender”, declarou o presidente do Brasil.

Apesar de fazer a defesa, Lula afirmou que Assange não foi tema da reunião que teve com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, nessa sexta-feira. “Eu até peço perdão. Quando chegar ao Brasil, vou ligar para o primeiro-ministro, porque esse foi um assunto que esqueci de falar com ele”, disse. O fundador do Wikileaks está na prisão de Belmarsh, a poucos quilômetros de onde Lula respondia às perguntas da imprensa.

“Vou falar inclusive na frente dos jornalistas. É uma vergonha que um jornalista [Assange] esteja preso, condenado a morrer na cadeia, e a gente não fazer nada para libertar”, prosseguiu o presidente, que defendeu um “movimento mundial da imprensa” em defesa da “liberdade de denunciar”.

Esta não é a primeira vez que Lula sai em defesa de Julian Assange. No ano passado, durante um evento do PT em Alagoas, o presidente sugeriu que o criador do WikiLeaks deveria receber um prêmio Nobel.

“Esse cidadão deveria estar recebendo um prêmio Nobel, esse cidadão deveria estar recebendo Oscar de decência e coragem porque denunciou ao planeta um país espionando outro país. E os Estados Unidos ainda teve coragem de pedir desculpas à Angela Merkel, mas não teve coragem ou não sentiu necessidade de pedir desculpas ao Brasil”, afirmou na ocasião.

Lula ainda disse esperar uma postura mais “combativa” dos órgãos de mídia. “A imprensa, que defende a liberdade de imprensa, não faz um movimento para libertar esse cidadão”, afirmou. “Precisamos colocar nossas teorias em prática de vez em quando.”

Entenda o caso

Em abril de 2019, o fundador do Wikileaks Julian Assange foi preso em Londres, onde aguarda possível extradição para os Estados Unidos. No país, ele pode ser condenado a uma pena de até 175 anos.

A partir de 2010, o australiano começou a publicar informações confidenciais sobre os Estados Unidos, como fotos, vídeos e documentos do Pentágono, que revelavam crimes de guerra cometidos pelos militares estadunidenses e práticas de tortura contra detentos da prisão de Guantánamo, base militar dos Estados Unidos em Cuba. O governo norte-americano estima que foram 700 mil documentos.

O material, publicado no WikiLeaks e em outros veículos, como o britânico Guardian e norte-americano New York Times, também continha dados sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, além de outras informações diplomáticas e de operações militares. Também relatava informações sobre o ataque aéreo a Bagdá, de julho de 2007. Parte dos documentos eram sobre supostos abusos cometidos pelas Forças Armadas norte-americanas.

Julian Assange foi preso em Londres em 2019 depois de passar sete anos abrigado na embaixada local do Equador. Ele tentava evitar ser preso e extraditado para a Suécia, país onde era acusado por dois casos de estupro. Os dois mandados de prisão foram expedidos pela Justiça da Suécia um mês depois da divulgação de documentos secretos do Exército dos EUA sobre a guerra do Afeganistão. O inquérito, aliás, foi posteriormente arquivado.

Os vazamentos expuseram abusos de direitos humanos e espionagem de líderes de outros países. Se julgado nos Estados Unidos, poderá ser condenado a até 175 anos de prisão. Enquanto não é julgado, ele permanece na prisão preventiva de Belmarsh. Desde que foi encarcerado, e antes disso, Assange vem recebendo solidariedade de políticos, ativistas e entidades de todo o mundo.

A campanha, porém, não sensibiliza as autoridades norte-americanas, que seguem dispostas a punir o jornalista.

*** Informações com ➡ Poder 360

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