Tenente-coronel do Exército é suspeito de avisar garimpeiros sobre operações da PF no Amazonas

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G1 ➡ O tenente-coronel do exército Abimael Alves Pinto é investigado pela Polícia Federal suspeito de avisar garimpeiros sobre operações no interior do Amazonas. A informação obtida pela PF durante a Operação Jurupari realizada em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Ponta Grossa (PR).

Durante a investigação, houve quebra de sigilo telefônico do militar. Em mensagem de áudio, ele avisava sobre uma operação na região de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Venezuela e a Colômbia. Em um outro trecho, ele detalha a dinâmica da atuação dos agentes.

Conforme as investigações da PF, o militar era lotado em Manaus e recebia uma mesada dos garimpeiros que atuam em Japurá, no interior do estado, para repassar informações sobre as operações policiais na área. O dinheiro era depositado na conta da empresa da esposa dele.

Devido um inquérito policial e para inibir a ação, o tenente-coronel foi transferido da capital amazonense para Ponta-Grossa, no interior do Paraná. No entanto, o militar continuava repassando informações sobre as operações para os líderes do garimpo ilegal da região.

Além dele, outros militares são investigados por participação no crime.

Investigações

De acordo com as investigações, o militar serviu em Manaus de janeiro de 2020 a julho de 2021 e chegou a ocupar o cargo de subcomandante do batalhão de selva do exército. O oficial foi transferido para Ponta Grossa, no Paraná, e continuou a vender informações.

A operação afirma que pelo menos três trabalhos da Polícia Federal foram prejudicados por causa do vazamento de informações.

Operação

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram em outubro de 2020, a partir da prisão em flagrante de dois homens, em Ji-Paraná, em Rondônia. Segundo a PF, os suspeitos tentavam transportar 60g de ouro, avaliado em 18,6 mil, sem comprovar a origem lícita.

Ao apreenderem os celulares dos suspeitos, a polícia encontrou indícios de uma extensa rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá, no Amazonas.

Dias depois, após ter sido solto em uma audiência de custódia, um dos suspeitos foi morto em frente a sua loja de revenda de carros, em Curitiba, no Paraná.

Ao investigar a relação entre os crimes, a Polícia Federal identificou que a exploração ilegal de garimpo é liderada por um homem, que utiliza sua esposa e uma empresa para facilitar transações ilegais de ouro com o principal comprador do ouro. O trio usava, ainda, várias empresas de metais, para realizar a atividade de esquentamento do ouro.

*** Informações com ➡ G1

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