O falso médico Thiago Celso Andrade Reges, 36 anos, preso em Fortaleza por exercer de forma ilegal medicina, foi alvo de Ação Civil do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), ajuizada nesta terça-feira (4), por prática de ato de improbidade administrativa. Thiago Celso exibia uma vida de luxo nas redes sociais e coleciona fotos com famosos.
A ação foi ingressada por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Baturité, após instauração de Inquérito Civil Público para apurar a conduta de Thiago na prestação de serviços públicos mediante fraude e falsificação de diploma de curso em ensino superior.
Segundo investigações do MPCE, Thiago foi contratado pela Secretaria da Saúde de Baturité para atuar em equipamentos públicos de atendimento à população. Para isso, falsificou diplomas de curso em ensino superior e de revalidação e, assim, conseguiu registrar-se junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) em 7 de julho de 2020.
“A partir de então, passou a exercer ilegalmente a medicina e a pôr em risco a vida e a integridade física de pacientes, sendo contratado após licitação na modalidade Pregão, em contrato pactuado entre a Prefeitura de Baturité e a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Nível Superior e Técnico de Saúde (Prosaúde)”, informou o Ministério Público.
Posteriormente, o Cremec descobriu que o diploma era falso e que o homem não havia concluído o curso.
A mesma cooperativa que o falso médico trabalhou empregou profissionais sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) para plantões no Hospital e Maternidade João Ferreira Gomes, em Itapajé, o que foi flagrado durante uma fiscalização do Cremec.
Ainda conforme o órgão, em Baturité, o acusado atuou nas unidades Equipe de Saúde da Família do “Jordão” e como plantonista da Unidade Municipal de Pronto Atendimento (UMPA), entre 27 de novembro de 2022 e 24 de março de 2023, tendo recebido o total de R$ 28.281,79.
“O pagamento era realizado mediante depósito bancário. As atividades cessaram em decorrência da prisão de Thiago Reges, pela prática do exercício ilegal da profissão, além de outros crimes de natureza grave, como tráfico de pessoas. Contudo, a ação ajuizada nesta terça busca somente a responsabilização civil do requerido”, disse o MPCE.
O Ministério Público do Ceará requer judicialmente que Thiago seja condenado por ato de improbidade administrativa e faça o ressarcimento do município de Baturité no valor de R$ 28.281,79, devido a incorporação ilícita ao seu patrimônio particular, com as devidas correções; e a ser inserido no cadastro nacional de improbidade administrativa.
Condenado por rede de exploração sexual
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