Um homem de 32 anos que foi preso suspeito de filmar e vender vídeos íntimos da filha de 8 anos ameaçava agredir a menina e a deixar sem comida caso o denunciasse, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o delegado Wallace Vieira, a mãe da criança denunciou o crime após encontrar as gravações no celular do homem.
O g1 não localizou a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
“Ele ameaçava a criança para ela não contar sobre o crime. Se ela contasse, ele ia bater nela e também a deixar sem a alimentação”, afirma o delegado.
O delegado informou que o homem e a mãe da criança compartilhavam a guarda da menina. O crime foi descoberto após ela chegar em casa com o celular do pai.
“O pai e a mãe da menina compartilhavam a guarda dela. Quando a criança voltou para a casa da mãe, ela percebeu que a filha havia retornado com um celular. Ao questionar a menina, ela afirmou que o aparelho pertencia ao pai. Ao verificar o celular, a mãe descobriu os vídeos”, relatou o delegado.
Após encontrar o conteúdo no celular, a mãe denunciou o crime à delegacia na quinta-feira (18). O homem, que não teve o nome divulgado pelas autoridades para não identificar e, consequentemente, não expor a vítima, foi localizado na sexta-feira (19) e preso em flagrante.
“Até o momento, não conseguimos determinar por quanto tempo ele vinha cometendo esse crime, mas pelos elementos encontrados em seu celular, parece que isso já ocorria há algum tempo”, disse Wallace Vieira.
O delegado explicou que foram encontrados dois vídeos íntimos da criança no celular do homem, além de várias transferências por PIX.
“Não temos informações sobre o valor que ele cobrava pelas imagens, mas seu celular tinham várias transferências de PIX em valores pequenos, como R$ 50, R$ 100, R$ 200 e R$ 300”, relatou o delegado.
A Justiça concedeu liberdade provisória ao homem, com a condição de usar tornozeleira eletrônica. A criança está com a mãe e possui uma medida protetiva que impede o pai de se aproximar dela.
Wallace Vieira afirmou que as investigações continuam e que, dependendo dos resultados da perícia realizada no celular do homem, a Polícia Civil poderá solicitar sua prisão novamente.
O homem poderá responder pelos crimes de produção e venda de conteúdo pornográfico de menor de idade, previstos nos artigos 240 e 241 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Se condenado em pena máxima para ambos os crimes, poderá cumprir até 16 anos de prisão.
*** Informações com ➡ G1
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