Promotor e procurador trocam socos e insultos em academia de prédio, e um deles vai parar no hospital: ‘corno e zarolho’

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Uma briga entre um procurador e um promotor do Ministério Público de Minas Gerais, na academia de um condomínio de luxo, terminou com um deles hospitalizado.

De acordo com o registro policial, o promotor Mario Konichi, de 51 anos, e o procurador Geraldo Ferreira, de 61, se desentenderam na sala de musculação. A confusão foi na última terça-feira (25), no bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Ambos deram uma versão sobre o ocorrido, e nas duas situações, a confusão começou após um falar mal do outro em uma reunião de condomínio.

Ameaças

O promotor Konichi afirmou aos militares que o procurador foi tirar satisfações sobre a suposta fofoca na reunião com demais moradores. O procurador Ferreira teria chamado o promotor de corno, enquanto debochava da sua estatura.

Mario Konichi disse, ainda, que Geraldo Ferreira o ameaçou dizendo que lhe daria “um tiro”, em seguida, os dois trocaram socos.

Já o procurador deu uma outra versão à polícia, e afirmou que o promotor o encarava com frequência, e ele não entendia o motivo.

Disse, ainda, que o vizinho o chamou de “zarolho”. O procurador sofreu escoriações, após socos e mordidas, e foi levado a um hospital particular da capital.

O g1 entrou em contato com a defesa dos dois e aguarda retorno. A Polícia Civil disse que o caso foi encaminhado para o próprio MPMG.

Em nota, o MPMG disse que “não tem informação sobre o episódio mencionado, por se tratar de questão de foro pessoal dos envolvidos”.

O órgão completou que Geraldo Ferreira é procurador de Justiça, mas não atua junto ao gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça.

Já Mário Konichi atuou na 18ª Promotoria de Justiça-Defesa dos Direitos Humanos, Apoio Comunitário, Conflitos Agrários, Fiscalização das Atividades Policiais da Comarca de Belo Horizonte, até maio deste ano.

Atritos antigos

De acordo com conhecidos da dupla, este não foi o primeiro episódio de atrito entre eles. Em 2018, eles brigaram por causa do posicionamento de uma câmera de segurança na garagem do prédio.

Mario Konichi era síndico na época e Geraldo Ferreira questionou por qual razão a “câmera apontava exclusivamente” para a vaga dele.

O promotor comunicou para todo o condomínio sobre o “questionamento ofensivo” do procurador, que negou qualquer tipo de insulto.

O procurador entrou na justiça por danos morais contra o promotor após essa divulgação da carta, mas acabou sendo arquivado.

*** Informações com ➡G1

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