O técnico em radiologia suspeito de tocar partes íntimas de uma paciente durante raio-x ofereceu dinheiro para a jovem de 29 anos não expor a situação, segundo denúncia da vítima, que foi forçada a ficar nua para realizar o exame. O caso ocorreu na manhã de quarta-feira (23), em uma clínica particular no município de Horizonte, na Grande Fortaleza. A polícia investiga o caso.
“Ele perguntou quanto eu queria para não expor ele, nem a clínica, nem nada. Pediu perdão.[…] Eu fiquei impactada, assustadíssima, nervosa, tudo o que vocês imaginarem”, disse a mulher.
Conforme a autora da denúncia, que terá a identidade preservada, ela nunca havia feito o exame e, mesmo estranhando a solicitação do técnico, seguiu as recomendações dele.
Mesmo constrangida, a vítima pediu ao técnico para colocar “urgência” na entrega do exame e ele mandou a jovem para anotar o telefone dele. Ao sair do local, a jovem comentou com outros colegas sobre o ocorrido durante o raio-x e foi alertada que aquele não era o procedimento correto.
Ainda segundo a paciente, ela buscou ajuda na clínica onde o fato ocorreu, mas não recebeu apoio da proprietária. “Apenas disseram que ele não iria mais trabalhar lá e isso nunca havia acontecido antes”, relatou a paciente.
A defesa do técnico em radiologia, feita pelo advogado Ítalo Braga, disse que os fatos não ocorreram da forma que foram narrados.
“Como estes casos tramitam em segredo de justiça, a defesa prefere não se manifestar no momento até verificar os procedimentos realizados. Entretanto, desde já se reitera que o Sr. J.L. irá colaborar com o sistema de justiça e esclarecer todos os fatos nos procedimentos investigatórios que certamente se iniciarão”, disse a defesa do suspeito.
Profissional afastado e investigação
A Polícia Civil informou que a Delegacia Metropolitana de Horizonte que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual.
Já a defesa da clínica, feita pela advogada Gessiane Oliveira, disse em nota noticiada à direção que uma paciente teria sido vítima de uma suposta importunação sexual por parte de um funcionário de uma prestadora de serviço, nas dependências da instituição de saúde.
Ainda conforme a clínica, é padrão na realização de exames de raios-x, o uso de vestimenta adequada pelo paciente (bata).
“Em casos em que precise despir-se e que, no caso em questão, era da ciência do técnico terceirizado a exigência para que a paciente vestisse a bata que é sempre disponibilizada pela clínica e, no caso, havia uma pilha disponível na sala”, informou a clínica.
*** Informações com ➡ G1
➡ ** Postagem: Virgínia Aragão Soares (Redação Aconteceu Ipu)
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