O homem que matou a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa jogou o corpo da mulher por cima do muro após não conseguir enterrá-lo, de acordo com a Polícia Civil. O delegado Carlos Alfama informou que havia terra remexida no quintal da residência onde a mulher e o suspeito trabalhavam e que a cerca elétrica estava repuxada.
“A Delegacia de Homicídios resolveu fazer o adentramento na casa vizinha e, quando entramos lá, infelizmente, nos deparamos com o corpo da vítima”, narrou.
O corpo foi encontrado na terça-feira (5), dia seguinte ao crime, na Cidade Jardim, em Goiânia. O imóvel onde Marcelo Junior Bastos Santos confessou ter jogado o cadáver estava desocupado e disponível para locação.
O delegado contou que, a princípio, a polícia suspeitou que Marcelo tivesse recebido a ajuda de alguém para jogar o corpo por sobre o muro, na casa vizinha. No entanto, imagens de câmeras de segurança mostraram que ninguém mais havia entrado na casa. Lá, só estavam os idosos acamados, que não se levantam sem ajuda, informou Carlos Alfama.
“Ele confessou o crime em detalhes e confirmou o que as câmeras de segurança mostraram: ele agiu sozinho”, complementou o delegado.
A Defensoria Pública informou que representou o suspeito em audiência de custódia realizada na quarta-feira (6) e que não irá comentar o caso. Marcelo poderá apresentar advogado particular ou seguir com representante da defensoria durante o encaminhamento do processo criminal.
Alfama informou que Marcelo disse que cometeu o crime depois que tentou beijar Cíntia e foi rejeitado. A polícia suspeita ainda que Marcelo tenha tentado estuprar a cuidadora antes do feminicídio. “Agora, aguardamos o laudo, que tem o prazo de dez dias para ser concluído”, disse.
Sobre o caso
A delegada Laura Soares informou que o caso começou a ser investigado pela Central de Flagrantes como um desaparecimento, denunciado pelo marido de Cíntia. O homem afirmou que levou a esposa para o trabalho, mas que ela não havia voltado para casa e nem atendia o celular.
Marcelo e Cíntia trabalhavam juntos, cuidando do mesmo casal de idosos, na Cidade Jardim, em Goiânia. Laura informou que, a princípio, Marcelo tinha dito à família dos idosos que Cíntia não tinha aparecido para trabalhar na segunda-feira (4), dia do crime.
“A gente buscou câmeras do local e imediatamente nós vimos que ela realmente entrou na casa, então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, afirmou a delegada.
A investigadora acrescentou que o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas. Foi, então, que a Delegacia de Homicídios foi acionada.
Quem era Cintia Ribeiro?
Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, cuidava de um casal de idosos com Alzheimer. Uma amiga de Cintia, que preferiu não ser identificada, contou que a mulher era muito querida pelo casal de idosos e trabalhava para eles há cerca de 6 anos. Cintia Ribeiro deixa o marido e quatro filhos.
*** Informações com ➡ G1
➡ ** Postagem: Virgínia Aragão Soares (Redação Aconteceu Ipu)
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