Da Redação do Acontcceu Ipu
A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes, afirmou à Polícia Federal que ele planejava assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento foi dado a agentes em Santa Catarina, onde familiares de Wanderley Luiz foram localizados.
Ela revelou que o ex-marido expressava uma obsessão por Alexandre de Moraes desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro, compartilhando ameaças em grupos e realizando buscas na internet para viabilizar o atentado. “Ele falou que mataria ele e se mataria”, declarou.
Planejamento detalhado do ataque
Francisco Wanderley Luiz havia feito pesquisas no Google relacionadas ao atentado. A ex-mulher afirmou ter questionado o plano: “Tu vai mesmo fazer esse tipo de loucura?” Apesar de negar inicialmente, ele continuou suas buscas.
Wanderley viajou a Brasília pela primeira vez logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e retornou à cidade três meses atrás. Durante esse período, desenvolveu seu plano, que incluía o uso de artefatos explosivos artesanais com alto potencial destrutivo.
PF trata caso como ato terrorista
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso como um ato terrorista. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, as evidências sugerem que a ação foi premeditada. “As idas e vindas a Brasília, a quantidade de artefatos e outras mensagens indicam que o ministro era o alvo principal”, afirmou Rodrigues.
Os explosivos, descritos como rudimentares, foram confeccionados para causar grandes danos. Um extintor de incêndio adaptado simulava um lança-chamas.
Apreensões na casa do autor
Durante buscas na residência de Wanderley Luiz em Ceilândia, a polícia encontrou mais explosivos e referências aos ataques de 8 de janeiro. Frases no espelho indicavam planos de destruir a estátua da Justiça no STF.
Um cinto com explosivos foi removido por um policial com traje antibomba devido a limitações do robô de desarme. A operação exigiu extremo cuidado para evitar novas explosões.
Impacto e medidas de segurança
O corpo de Francisco Wanderley Luiz foi recolhido 14 horas após a explosão e encaminhado ao IML. A polícia segue monitorando locais por onde ele passou para identificar possíveis explosivos adicionais.
O episódio reforça a necessidade de medidas rigorosas para prevenir atentados e proteger instituições públicas contra ataques violentos.
*** Informações com ➡ Conteúdo Notícias ao Minuto
** Postagem: Virginia Aragão Soares
(Direto da Redação do Aconteceu Ipu)
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