Por: Afrânio Soares (Aconteceu Ipu)
Final de campeonato é sempre um evento carregado de emoção. A torcida vibra, sofre, chora. Quando o juiz apita pela última vez e o placar não sorri para o seu time, o que resta é engolir o amargo gosto da derrota, alinhar os pensamentos e voltar ao campo no dia seguinte. Futebol é assim: uma eterna construção, um constante recomeço. No campo, quem perde hoje treina amanhã. No entanto, na política, parece que a lógica do jogo tem sido deturpada, e o espírito esportivo muitas vezes é esquecido.
No futebol, adversários jogam com paixão, mas, ao final, há o reconhecimento mútuo. Uma derrota não transforma o oponente em inimigo eterno, e as rivalidades, embora acirradas, não ultrapassam os limites do respeito. No jogo político, porém, os papéis se confundem. O que deveria ser um adversário – aquele que discorda, propõe outra visão, mas ainda é parte do mesmo sistema democrático – muitas vezes é tratado como um inimigo a ser destruído. A competição de ideias dá lugar a batalhas de ódio, e o campo democrático vira um cenário de guerra onde, ao invés de avançar o jogo, tenta-se derrubar o outro a qualquer custo.
Quando o apito final não encerra o jogo
Na democracia, assim como no futebol, não há um “campeão eterno”. Mandatos terminam, ciclos se renovam. No entanto, nos últimos tempos, temos visto algo preocupante: o apito final de uma eleição ou decisão política não é mais aceito como o fim do embate. Em vez de aceitar o resultado e seguir em frente, construindo novas estratégias para o próximo jogo, muitos políticos e eleitores preferem insistir no campo das teorias conspiratórias, das narrativas de fraude ou da negação pura e simples da realidade. É como se o time derrotado se recusasse a deixar o gramado, alegando que a arbitragem foi injusta ou que a grama estava inclinada.
Esse comportamento não apenas mina o respeito pelas instituições, mas também coloca em risco o próprio funcionamento da democracia. Quando o adversário vira inimigo, quando a derrota vira ofensa pessoal, o que deveria ser um sistema baseado em pluralidade se transforma em uma arena de rancor, e todos saem perdendo.
O que o futebol pode ensinar à política
Talvez os políticos e seus apoiadores tenham algo a aprender com o futebol. Sim, no calor do momento, a derrota dói. Mas o jogador que sai de campo com a cabeça baixa sabe que a próxima vitória só virá com trabalho duro, estratégias bem pensadas e, acima de tudo, respeito ao adversário. Ele não chuta a bola para longe nem puxa o cartão vermelho da arbitragem como desculpa para o próprio fracasso. Ele treina, corrige os erros e volta mais forte para o próximo campeonato.
Na política, essa mentalidade de recomeço e superação é essencial. Um mandato perdido ou uma decisão contrária não deve ser motivo para paralisar o jogo democrático. Ao contrário, deveria ser um estímulo para construir novas pontes, dialogar e propor soluções melhores. Afinal, a política, assim como o futebol, é feita de ciclos. Hoje se perde, amanhã se ganha – mas só se constrói algo duradouro com respeito, maturidade e disposição para jogar dentro das regras.
Comentário final
A democracia, como um grande campo de futebol, precisa de competidores aguerridos, mas não de inimigos rancorosos. O apito final de uma eleição ou de uma decisão política deveria ser o sinal para reorganizar as ideias, ajustar as estratégias e voltar ao jogo, e não para prolongar disputas ou cavar trincheiras. No futebol, a bola não para de rolar; na política, o diálogo não pode parar. Se queremos um jogo justo, precisamos lembrar que, no final, somos todos parte do mesmo time: o time da sociedade. O adversário pode ser duro, mas o verdadeiro gol é construirmos um país melhor para todos.
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** Postagem: Virginia Aragão Soares
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