Violência chocante: Mulher é atacada com mordidas pelo companheiro, tem queixo destruído e lábios arrancados, em Fortaleza

De acordo com o relato da vítima, Maria Nadine Celestino de Sousa Mesquita, a violência teve um motivo absurdo. Seu companheiro, Ederson Gomes, de 40 anos, escorregou e caiu. Ao ver a cena, Nadine riu espontaneamente. O gesto inofensivo despertou a fúria do agressor, que já demonstrava comportamento ciumento e agressivo.

“Aconteceu uma coisa que qualquer pessoa ia rir. Ele escorregou e caiu. Na hora que eu estava fechando o portão e virei, achei engraçado e ri. Ele não gostou porque eu ri e já foi tomar banho com raiva”, contou Nadine.

Uma relação marcada por abusos

Embora nunca tivesse sofrido agressões físicas antes, Nadine relatou que o companheiro era explosivo e controlador. Na noite da agressão, ele a segurou pelos pulsos, jogou-a na cama e iniciou um ataque brutal com mordidas e enforcamento.

“Foi só mordida e ele também me enforcou com as mãos. Eu acho que devo ter desmaiado. Quando fui voltando, já voltei falando o nome dos meus filhos. Foi onde eu acho que Deus tocou no coração dele, porque ele foi me soltando e eu consegui sair”, relatou a vítima.

Fuga e pedido de ajuda

Mesmo ferida, Nadine conseguiu escapar e buscou ajuda com sua ex-cunhada, que a levou para atendimento médico. A vítima foi socorrida inicialmente por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde passou por cirurgia para reconstrução do rosto e ainda precisará de mais dois procedimentos.

“Eu não conseguia olhar no espelho. Eu só sabia que ele tinha mordido meu lábio porque estava cheia de sangue. Eu não tinha noção de que o meu queixo estava do jeito que estava e que meu lábio tinha sido arrancado”, relembrou Nadine.

Justiça e punição

Enquanto Nadine era levada para o hospital, Ederson Gomes foi linchado por populares revoltados com a violência cometida. Ele precisou de atendimento médico antes de ser levado sob escolta policial para prestar depoimento e ficar à disposição da Justiça.

O caso chama atenção para a importância do combate à violência doméstica. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou diretamente às autoridades locais.

A esperança é que Nadine consiga sua recuperação e que seu agressor responda na Justiça por tamanha brutalidade.