Salário mínimo pode chegar a R$ 1.627 em 2026: o que isso muda na sua vida?

Como o governo chegou a esse valor?

A política de valorização do salário mínimo, retomada pelo governo Lula, considera dois fatores principais:

• A inflação acumulada, medida pelo INPC;

• O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, com até 2,5% de ganho real acima da inflação.

Ou seja: o valor tenta proteger o poder de compra dos trabalhadores e dar um pequeno reajuste real — mas ainda depende de como a economia vai se comportar até o fim de 2025.

Vai muito além do salário na carteira

Mesmo que você não receba salário mínimo diretamente, o reajuste impacta milhões de brasileiros, já que o valor é base para:

• Aposentadorias e pensões do INSS

• Benefício de Prestação Continuada (BPC)

• Bolsa Família e outros programas sociais

• Seguro-desemprego e abono salarial

Por isso, qualquer mudança no mínimo afeta diretamente o orçamento da União — e também a vida de quem depende desses auxílios.

 Mas o valor ainda pode mudar?

Sim. O valor de R$ 1.627 é uma previsão baseada em projeções econômicas. Se a inflação de 2025 for mais alta (ou mais baixa) do que o esperado, o salário mínimo pode ser reajustado antes de entrar em vigor em janeiro de 2026.

O valor final será definido na votação do Orçamento de 2026, que costuma ocorrer no fim do ano legislativo.

 E como isso afeta as contas públicas?

Com o aumento do mínimo, o governo também vê crescer a chamada despesa obrigatória — gastos que ele é legalmente obrigado a fazer, como aposentadorias e benefícios. Por isso, o desafio é equilibrar valorização do salário mínimo com controle fiscal.

Na mesma proposta da LDO, o governo prevê uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB, sinalizando que quer manter as contas públicas no azul, mesmo com o reajuste.

 Por que esse debate importa?

O valor do salário mínimo molda a base da economia popular. Ele determina quanto vale o esforço de milhões de brasileiros — e influencia a forma como o governo investe, arrecada e equilibra prioridades.

Com inflação, juros e desigualdade ainda em pauta, acompanhar essas decisões é essencial para entender como o país cuida de quem mais precisa.