O Programa “Minha Casa Minha Vida” também será agora para a classe média: confira detalhes

Condições da nova faixa: financiamento maior e juros abaixo do mercado

A Faixa 4 permite o financiamento de imóveis novos e usados de até R$ 500 mil, com juros fixos de 10,5% ao ano e parcelamento em até 420 vezes (35 anos). Apesar de não haver subsídio, como ocorre nas faixas mais baixas do programa, as condições são mais vantajosas que as praticadas no mercado, onde os juros costumam variar entre 11,5% e 12% ao ano.

Os recursos para essa nova modalidade virão de diversas fontes: FGTS, poupança, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e o Fundo Social do Pré-Sal, com um total previsto de R$ 30 bilhões destinados exclusivamente à Faixa 4.

Reajuste nas faixas anteriores e maior abrangência

Além da nova categoria, os limites de renda das faixas já existentes foram atualizados. Veja como ficou:

• Faixa 1: renda até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel

• Faixa 2: renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos

• Faixa 3: renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8.600, com financiamento facilitado, porém sem subsídios

• Faixa 4: renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano e financiamento de até R$ 500 mil

Objetivo é atingir 3 milhões de moradias até 2026

Segundo o Ministério das Cidades, com a inclusão da Faixa 4, a expectativa é viabilizar cerca de 120 mil novos financiamentos nessa categoria. A meta do governo é contratar até 3 milhões de moradias até 2026, e a nova faixa deve contribuir significativamente para esse resultado.

Quem pode participar e quais as regras?

Apesar dos recursos virem do FGTS, mesmo quem não é cotista pode se beneficiar da Faixa 4 — porém, nesses casos, os juros aplicados serão maiores. Outra regra importante: só será possível financiar o primeiro imóvel, respeitando as diretrizes do Fundo de Garantia.

O financiamento cobrirá até 80% do valor total do imóvel, e o restante deverá ser pago pelo comprador.

Imóveis mais caros nas cidades pequenas

O Conselho Curador do FGTS também autorizou o reajuste no valor máximo dos imóveis que podem ser financiados em municípios com até 100 mil habitantes. O novo teto vai de R$ 210 mil a R$ 230 mil, representando um aumento de até 16% nos limites anteriores.

Além disso, famílias com renda até R$ 4.700 (Faixas 1 e 2) poderão financiar imóveis com os valores da Faixa 3, mas com as condições de crédito correspondentes, ou seja, sem subsídio e com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano.