Criminosos armados de fuzis invadem fazenda do deputado federal Eunício Oliveira (MDB) disfarçados de agentes da Polícia Federal

Aproximação suspeita e drones sobrevoando a área

Funcionários da fazenda relataram que dias antes da invasão, um carro foi visto rondando a área e, em pelo menos duas ocasiões, o motorista teria fotografado a propriedade. Drones não identificados também foram observados sobrevoando o local, aumentando o alerta entre os trabalhadores.

Invasão começou com sabotagem em torre de telefonia

Antes de atacar a fazenda, o grupo criminoso invadiu uma torre de telefonia próxima e danificou os equipamentos, cortando a comunicação da região. A ação ocorreu entre 21h e 23h, dificultando qualquer pedido de socorro imediato por parte dos moradores da área.

Funcionários algemados e cofre revistado

Com coletes, fuzis AR-15, pistolas automáticas e distintivos falsos, os criminosos renderam e algemaram os funcionários da fazenda. Um dos invasores se apresentou como delegado da PF e mostrou um suposto mandado de busca e apreensão. O grupo entrou na casa principal e foi até o quarto do parlamentar, que, naquele momento, estava em Brasília.

Violência e busca frustrada pelo “chefe”

Os relatos apontam que os invasores agrediram os funcionários exigindo informações sobre o paradeiro do “chefe”, mas não mencionaram diretamente o nome de Eunício Oliveira. Mesmo tendo aberto o cofre da residência, o grupo não levou nenhum objeto da propriedade. Ao perceberem que o deputado não estava no local, os criminosos deixaram a fazenda.

Veículos blindados abandonados com placas falsas

A invasão foi percebida em Brasília, graças ao sistema de segurança do parlamentar. A Polícia Militar de Goiás foi acionada e encontrou, durante buscas, os três veículos blindados usados na ação abandonados em matagal. Todos estavam com o interior coberto por extintores para eliminar digitais, e cerca de dez placas falsas foram encontradas nos porta-malas.

Facção criminosa cearense é a principal suspeita

Uma das linhas mais fortes da investigação aponta que a ação teria sido comandada por uma facção criminosa com atuação no Ceará. Um dos carros usados na invasão estaria registrado em nome de uma empresa fantasma sediada em Fortaleza, o que reforça essa hipótese.

Deputado mantém silêncio e governador acompanha o caso

Eunício Oliveira optou por não comentar o episódio, afirmando que não quer interferir nas investigações. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também estaria acompanhando de perto os desdobramentos do caso e cobrando resultados da PC-GO.

A Polícia Civil de Goiás foi procurada pelo Diário do Nordeste, mas ainda não se pronunciou oficialmente. A matéria será atualizada assim que houver novas informações.