Deputada federal Carla Zambelli entra na “lista vermelha” da Interpol e passa a ser procurada internacionalmente

Saída do país e localização no exterior

A inclusão da parlamentar no sistema da Interpol ocorre dias depois de ela deixar o Brasil. Condenada a 10 anos de prisão por crimes como invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificação de documentos públicos, Zambelli atravessou a fronteira com a Argentina no final de maio. Informações obtidas pela imprensa indicam que ela foi localizada na Flórida (EUA) e, posteriormente, sua assessoria confirmou que estaria na Itália.

Crimes atribuídos à deputada incluem mandado falso contra ministro do STF

Entre os atos considerados criminosos pelo STF está a criação de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, incluído ilegalmente no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). As ações, segundo o julgamento, demonstram tentativa de manipulação institucional e ataque direto ao Poder Judiciário.

Zambelli reage e alega perseguição política

Após a divulgação da ordem de prisão internacional, Carla Zambelli se manifestou pelas redes sociais, classificando o processo como uma “escalada autoritária”. Em nota, afirmou que denunciará o caso em fóruns internacionais e acusou ministros do STF de agirem como “imperadores”. “Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, escreveu a deputada.

Condenação inclui perda de mandato e indenização milionária

A sentença contra Zambelli foi aprovada por unanimidade na 1ª Turma do STF. Além da pena de prisão em regime fechado, ela deverá perder o mandato de deputada federal, se tornar inelegível e pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. A perda do cargo parlamentar depende da formalização pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado da condenação.

Hacker envolvido também foi condenado

No mesmo processo, o hacker Walter Delgatti Neto, acusado de executar tecnicamente a invasão a pedido de Zambelli, foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão. Ele permanece preso e também foi responsabilizado solidariamente pelo pagamento da indenização.

Passaporte já havia sido apreendido e devolvido

Durante as investigações, o ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar a apreensão do passaporte da deputada. No entanto, o documento foi devolvido posteriormente, o que permitiu sua saída do país. Agora, com a inclusão na lista vermelha da Interpol, Zambelli é oficialmente considerada foragida da Justiça brasileira em nível global.

Autoridades trabalham por extradição

Com a ampliação do alcance da ordem de prisão, autoridades brasileiras devem iniciar articulações diplomáticas e legais para solicitar a extradição da deputada, caso ela seja detida por autoridades de outro país. O caso promete gerar novos embates entre Poderes e acirrar o debate político e jurídico no Brasil.