Conflitos em Los Angeles após envio da Guarda Nacional por Trump: tensão, protestos e críticas crescem.

Intervenção militar sem aval estadual gera crise política

Trump ordenou o envio de 2.000 soldados da Guarda Nacional a Los Angeles, sem solicitação do governo estadual — uma medida inédita desde 1965. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificou a ação como uma “grave violação da soberania estadual” e exigiu que o controle fosse devolvido ao estado. Parlamentares democratas, incluindo a ex-vice-presidente Kamala Harris, denunciaram a decisão como uma “escalada perigosa”.

Veículos incendiados, vias bloqueadas e confronto com autoridades

Durante os protestos, pelo menos três veículos autônomos da Waymo foram incendiados e outros dois vandalizados. Manifestantes bloquearam importantes avenidas, obrigando a patrulha rodoviária a intervir com bombas de efeito moral. A polícia estabeleceu perímetros de segurança em torno de prédios federais, buscando evitar o contato direto entre os manifestantes e os militares.

Trump promete endurecimento e mais tropas

Ao ser questionado sobre os protestos e o envio da Guarda Nacional, Trump prometeu “legalidade severa” e indicou que poderá mobilizar mais tropas em outras cidades. “Temos pessoas violentas, e não vamos deixar que escapem impunes”, declarou. O Comando Norte dos EUA anunciou que 500 fuzileiros navais estão em prontidão para reforçar a ação federal.

Críticas internacionais e reação do México

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, classificou as detenções como “inaceitáveis” e afirmou que os mexicanos nos EUA “não são criminosos”. Segundo o governo mexicano, ao menos 35 cidadãos do país foram presos nas operações.

Polarização: Democratas reagem, Republicanos defendem

Enquanto líderes democratas denunciam abuso de poder, republicanos como o presidente da Câmara, Mike Johnson, defenderam a medida, alegando que o governador da Califórnia falhou em controlar a situação. A possível mobilização de fuzileiros navais do serviço ativo também foi apoiada por aliados de Trump, como o secretário de Defesa, Pete Hegseth.

População denuncia autoritarismo e injustiça

Moradores da cidade, como Fernando Delgado, de 24 anos, afirmaram que as ações são “injustas” e atingem pessoas trabalhadoras. O senador Bernie Sanders resumiu o sentimento de muitos opositores: “O autoritarismo de Trump em tempo real (…) é inaceitável”.

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