A cena se deu em pleno Palácio do Planalto, em uma das inúmeras cerimônias da semana. O presidente Jair Bolsonaro, para mostrar debilmente que é o dono do pedaço e que ali ele manda e faz valer as suas vontades, determinou em alto e bom som: “aqui é proibido usar máscara”. Fosse apenas mais uma bizarrice do chefe de Estado, mesmo assim chocaria pelo inusitado e pelo risco embutido na ordem.
Em um momento de avanço da variante Ômicron, de temor mundial com um revival da doença, o capitão da ignorância e do negacionismo reitera a sua clara aversão aos preceitos básicos da Ciência e prega o evangelho do morticínio. O que move tanto delírio?
O presidente tem sistematicamente se engajado em batalhas abertas para sabotar a cruzada da imunização. Não apenas deixou de tomar a vacina – demonstrando a descrença nos resultados –, como promove a propaganda negativa contra ela por onde passa, insinuando falsas premissas. A cada momento larga uma aberração: diz que vacina pode causar AIDs, trombose, embolia pulmonar. A lista de efeitos colaterais, pelo diagnóstico do especialista em fake news, é enorme.
Sem qualquer respaldo médico transporta a população menos informada para o plano da dúvida, do receio, até do medo. A troco do quê? Estamos falando de um mandatário, teoricamente a maior autoridade do País, que deveria zelar pelo bem estar geral, pela tranquilidade e correção dos fatos. Mas Bolsonaro é diferente. Ele quer e trabalha dia e noite pelo caos, pela consagração da mentira e da realidade paralela. Vai morrer gente? “E dai? É da vida!”, como costuma dizer.
Pode procurar em detalhe: não houve um único gesto, movimento ou interesse desse Messias “mito” para atenuar o sofrimento pelo qual passaram e passam tantos brasileiros nos últimos tempos. Não há solidariedade, compaixão, comiseração, nada. Ao contrário, Bolsonaro mostrou-se um insensível, levado por intenções politicamente rasteiras, pessoais e obscuras. Incitou a anarquia, a aglomeração, que acabou por redundar na morte de mais de 600 mil brasileiros. Atuou como um genocida, boicotando os esforços para conter a pandemia. As atitudes e declarações dele tipificam o comportamento de um doente mental.
Seria a única explicação para tantos desatinos. Na mais recente confusão armada para ratificar o seu desprezo pelo controle da Covid-19, Bolsonaro fez de tudo para impedir a exigência do passaporte vacinal de viajantes que desembarcam no País. Não queria de jeito algum. Foi capaz de exigir do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga – um médico, portanto técnico no assunto –, que se posicionasse firmemente contra. Queiroga, movido por ambições políticas e sede de poder, aquiesceu. Largou a célebre e deplorável frase do “melhor perder a vida do que a liberdade”. Nem dá para acreditar que ele disse isso. Até hoje! Mais uma mácula no seu já bem manchado currículo. Caso levada adiante a determinação oficial do Planalto, o Brasil ficaria na condição sui generis de única nação do mundo civilizado com tal política — algo com a qual teria de conviver amargando vergonha. O bom-senso acabou prevalecendo.
O Supremo Tribunal teve de entrar na questão em prol da vida. Deu um basta na loucura e mandou exigir o bendito comprovante. Nova humilhação do mandatário, tantas vezes desautorizado pelos próprios deméritos. Mesmo assim o presidente não cedeu e seguiu na jornada sorrateira de criar caso quanto ao assunto, com uma alegação pueril: “se eu não tomei (a vacina) por que vou obrigar os outros a comprovar que tomaram?”. Como líder de fancaria, o figurino de paspalhão da plebe rude lhe cai muito bem. Parece questão de honra ou de tática eleitoreira (quem sabe?) a opção pelo retrocesso, talvez para manter acesa a chama da claque mais radical de apoiadores. De todo modo, passa dos limites. É inaceitável vislumbrar o destino do Brasil que anseia por civilidade e retomada da prosperidade – com o manche nas mãos de alguém tão inepto e descontrolado. Suas estultices representam uma ameaça indiscutível à sobrevivência de todos nós.
O presidente Bolsonaro enxerga e conspira apenas a favor de um totalitarismo tacanho que garanta seu lugar no poder. Ele não quer vacina, não quer passaporte nas fronteiras, nem mesmo gente usando máscara. Basta a ineficaz cloroquina para iludir as massas. Como diz sempre: “todo mundo morre no final” e, provavelmente no seu entender, quanto antes melhor.
*** Informações com 👉 Revista IstoÉ – Editorial
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