Polêmica: Um serial killer vira Papai Noel de shopping

O MUNDO HOJE

Bruce McArthur era um jardineiro que também trabalhava como Papai Noel em um shopping center no Canadá.

Apesar de ter tido várias passagens pela polícia já e ter cumprido liberdade condicional após um episódio de violência anos antes, McArthur conseguiu evitar a prisão por algum tempo.

A maioria de suas vítimas tinha alguma ligação com o Village, bairro gay de Toronto. Quase todas tinham ascendência do Oriente Médio ou do Sul da Ásia.

Mas como McArthur se declarou culpado no julgamento, muitas evidências do caso não foram apresentadas no tribunal.

O jornalista Mobeen Azhar, da BBC, viajou para Toronto para descobrir como Bruce McArthur matou oito pessoas ao longo de sete anos antes de ser descoberto.

Vítima que escapou

Uma pessoa que teve a sorte de escapar de McArthur foi Sean Cribbin, que o conheceu em julho de 2017.

Eles trocaram mensagens online em um aplicativo de relacionamento, no qual o nome de usuário de McArthur era “Silver Fox”.

O perfil de McArthur o descrevia como um “leather daddy”, e ele dizia que gostava de “levar um cara ao limite”.

Cribbin foi até o apartamento onde McArthur morava para fazer sexo. Mas ele desmaiou depois de consumir a droga ácido gama-hidroxibutírico, mais conhecida como GHB.

“Ele nunca fez qualquer referência ao fato de que fiquei apagado por 20 minutos. Encarei como um encontro ruim.”

Mas, na verdade, Cribbin tem sorte de estar vivo. O encontro aconteceu apenas um mês depois de McArthur ter matado sua oitava vítima.

Algum tempo depois do incidente, um detetive entrou em contato com Cribbin e disse que havia sido encontrada uma imagem dele no computador de McArthur.

“Ele tinha colocado um capuz na minha cabeça e fita adesiva nos meus olhos”, descreve Cribbin.

“A mão dele estava sobre um tubo contra minha garganta, e ele tirou uma foto. Isso aconteceu durante 20 minutos.”

Cribbin nem sequer sabia que a fotografia existia até ser informado pela polícia, mas o estranho ritual de colocar as vítimas para posar era, na verdade, parte do comportamento repetitivo de McArthur.

McArthur também vestia as vítimas com um casaco de pele, e as pastas continham várias imagens dos homens antes e depois da morte.

Ele parece ter guardado as imagens como recordação.

Assim como em muitas cidades ao redor do mundo, em Toronto é fácil obter a droga ilegal GHB ou “G”.

Algumas pessoas usam a droga durante o sexo porque diminui as inibições. Não tem sabor, nem cheiro e pode facilmente causar desmaios.

Um traficante de GHB que quer ser chamado de “Joey” conta que visitou a casa de McArthur para usar a droga e fazer sexo com ele.

“Ele tinha G para nós dois”, conta.

“Comecei a me sentir muito estranho. Ele me fazia perguntas esquisitas como: ‘Você é próximo da sua família? Você tem irmãos?'”

“Fazendo uma retrospectiva, ele provavelmente estava vendo se alguém sentiria minha falta se eu desaparecesse. Eu disse a ele que não estava me sentindo bem, que precisava ir embora. Não havia vida em seus olhos. Ele parecia mau. Toda vez que escuto o nome dele, é assustador.” .

Assim como Sean Cribbin, Joey sobreviveu ao encontro com McArthur. Outros oito, não.

Muitos dos homens assassinados por McArthur nem sempre podiam revelar com quem mantinham relações sexuais devido a questões como sua formação religiosa.

Krishna Kumar Kanagaratnam, por exemplo, vivia nas sombras porque seu pedido de asilo depois de fugir do Sri Lanka havia sido rejeitado.

E ele nunca foi dado como desaparecido porque seus amigos e familiares temiam que isso pudesse colocá-lo em apuros.

Outra vítima, Abdulbasir Faizi, era de origem afegã e havia chegado ao Canadá como imigrante. Ele morava com a esposa e os filhos e passava grande parte do tempo trabalhando em uma fábrica.

A esposa de Abdulbasir teria ficado “realmente chocada” quando soube da sua movimentação na noite em que foi visto pela última vez.

Como muitos dos homens na mira de McArthur, Abdulbasir levava uma vida secreta.

Hoje, muitos membros da comunidade afegã de Toronto ainda evitam falar publicamente sobre o que aconteceu com Abdulbasir e os outros afegãos que McArthur estava perseguindo.

Ao conversar com familiares e amigos de algumas das vítimas, ficou claro que isso se devia em parte aos tabus em torno da sexualidade.

Majeed Kayhan, uma das vítimas, morava perto da área da Church Street, próximo ao Village. Ele se mudou para lá depois de terminar o relacionamento com a esposa. Eles acabaram se divorciando.

O sobrinho de Majeed, Saber, diz que o casamento do tio não deu certo, mas que ele manteve boas relações com os filhos.

“Ele amava os filhos e tinha um bom relacionamento com a esposa”, diz Saber.

“Tinham uma comunicação normal.”

Apesar dos relatos sobre o relacionamento de Majeed com um homem, sua família sustenta que ele não era homossexual.

“Eu o conheço muito bem. Ele era mais homem do que qualquer outra pessoa que eu conheço. Ele não gostava dessas coisas. Talvez ele tenha sido enganado em alguma coisa.”

Oportunidades perdidas

Quando McArthur foi finalmente preso, houve protestos da comunidade gay em Toronto sobre como ele conseguiu matar sem ser descoberto por sete anos, especialmente porque ele tinha passagens pela polícia e vínculos conhecidos com algumas das vítimas.

Uma detetive que investigava o caso de Abulbasir Faizi, que desapareceu em dezembro de 2010, conta que disse aos colegas que eles podiam estar lidando com um serial killer.

Marie-Catherine Marsot trabalhava para a Polícia Regional de Peel, em Ontário, na época.

“Imediatamente, peguei o telefone e tentei entrar em contato com a polícia de Toronto. Deixei uma mensagem de voz, e eles não me ligaram de volta. Eu estava ficando irritada… então enviei um e-mail formal.”

No texto, Marie-Catherine destacou os paralelos entre dois homens, ambos de pele escura e ambos com relação com o bairro gay de Toronto, que acreditava-se estarem desaparecidos naquela época.

McArthur assassinou mais seis homens antes de ser preso. Abdulbasir Faizi havia sido, de fato, sua segunda vítima.

Selim Esen, Andrew Kinsman, Majeed Kayhan, Dean Lisowick, Kirushna Kumar Kanagaratnam, Skandaraj Navaratnam e Soroush Mahmudi foram as outras.

Uma revisão independente do gerenciamento de casos de pessoas desaparecidas pela polícia de Toronto encontrou “falhas graves” na investigação do serial killer.

Mas também reconheceu o bom trabalho de determinados oficiais e concluiu que as deficiências não eram “atribuíveis a vieses explícitos ou discriminação intencional”.

Aqueles que conheceram e amaram esses oito homens sempre vão ter um vazio em suas vidas. Uma comunidade que ficou com profundas cicatrizes.

*** Informações com ➡ Estado de Minas
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