SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio afirmou à reportagem que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de determinar sua prisão é uma “vingança” por ele ter feito denúncia contra o magistrado em um organismo internacional.
“Há seis dias, apresentei denúncia contra ele na Corte Interamericana de Direitos Humanos, em San José a Costa Rica. Afirmei que a mulher dele é sócia do [ex-deputado] Gabriel Chalita, o principal articulador da chapa de Lula e [Geraldo] Alckmin, e que o ministro usa a máquina do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] em benefício próprio”, diz Eustáquio. “Peguei o jato de um amigo e fui para lá fazer essa denúncia”, revela ele.
A assessoria do STF diz que Alexandre de Moraes não vai se manifestar sobre as declarações de Eustáquio.
O pedido de prisão do bolsonarista partiu da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. O ministro determinou também a detenção do influenciador Bismark Fugazza, ligado ao canal Hipócritas no YouTube.
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), os dois têm incentivado protestos que pedem um golpe militar no Brasil. Os pedidos de prisão são anteriores à tentativa de explosão de uma bomba no aeroporto de Brasília, planejada por outro bolsonarista, George Sousa, que foi preso no sábado (24).
Eustáquio afirma que não recebeu informação oficial sobre o mandado de prisão e afirma que está em sua casa em Brasília “pintando a churrasqueira para o Ano Novo”.
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Ele diz que caso a Polícia Federal envie “o delegado Yuri” ou qualquer outro para detê-lo, vai oferecer “bolo, café, chocotone, panetone e pinhão” para o agente.
Caso apareça um policial que é seu desafeto, no entanto, vai xingá-lo. “Vou dizer que ele não presta”, afirma Eustáquio, que já foi preso três vezes.
“Eu por enquanto não sei de prisão nenhuma”, segue o influenciador. Ele afirma que não vai fugir. “Como posso fazer isso se Brasília está cheia de câmeras?”, questiona.
A determinação de Moraes para a prisão é da semana passada –preso em 2020 por causa do inquérito dos atos antidemocráticos, Eustáquio estaria descumprindo condições impostas para a sua liberdade.
Desde então, a PF procura a dupla.
“Passa o meu telefone para eles [policiais federais]”, disse Eustáquio à coluna, acusando os policiais de serem “juvenis” por ainda não o terem encontrado em sua própria residência.
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