Já a população ocupada (99,3 milhões) cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior e 0,7%, na comparação com o mesmo período de 2022.
Desempenho por atividade
Na comparação com o trimestre móvel anterior, de acordo com o levantamento do IBGE, houve aumento da população ocupada nos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,5%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,4%) e serviços domésticos (3,1%). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.
Rendimento real
O rendimento real habitual (R$ 2.935,00) ficou estável em relação ao trimestre anterior.
Na comparação com o mesmo período de 2022, houve aumento do rendimento real nas seguintes categorias: indústria (3,8%); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,5%); alojamento e alimentação (8,3%); administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%) e serviços domésticos (5,4%). Os demais segmentos não apresentaram variação significativa.
Principais resultados da pesquisa
- Taxa de desemprego: 7,9%
- População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
- População ocupada: 99,3 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Empregados com carteira assinada: 37 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
- Trabalhadores informais: 38,9 milhões
- Taxa de informalidade: 39,1%
Análise
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, a queda do desemprego em julho consolida a recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia, com o aumento do número de pessoas trabalhando.
“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, afirma Adriana.
De acordo com ela, na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde. “Já o grupamento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi influenciado, no trimestre, pelo segmento de tecnologias da informação e, no ano, pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras”, disse.
“No grupo da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado.”
Diferença em relação ao Caged
Ao contrário do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que considera apenas os trabalhadores com carteira assinada, a pesquisa do IBGE mede a taxa de desemprego entre todos os trabalhadores na economia, incluindo o mercado informal.
Na quarta-feira (30/8), foram divulgados os dados do Caged referentes a julho deste ano. O Brasil criou 142.702 empregos com carteira assinada no mês passado.