Deputada Carla Zambelli será julgada pelo STF por porte ilegal de arma

Posicionamento da deputada

Em nota, Zambelli declarou confiar na Justiça e afirmou que sua inocência será provada. “Confio plenamente na Justiça e acredito que, ao serem esclarecidos todos os fatos — especialmente a ocorrência de um disparo anterior ao momento em que fiz uso de minha arma, autorizada por porte federal —, ficará evidente minha inocência”, disse a deputada.

Relembre o caso

Na véspera do segundo turno das eleições de 2022, Zambelli perseguiu o jornalista Luan Araújo no bairro Jardins, em São Paulo. A deputada sacou uma arma após ouvir frases como “Amanhã é Lula” e “Vocês vão voltar para o bueiro de onde não deveriam ter saído”. A perseguição seguiu até um restaurante da região, onde a confusão foi encerrada.

Denúncia e argumentos da PGR

A denúncia contra Zambelli foi aceita pelo STF em agosto de 2023. Apenas os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques votaram contra a abertura da ação penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que, embora a deputada tivesse porte de arma, não possuía autorização para usá-la de maneira ostensiva em espaços públicos. Além disso, a PGR destacou que o jornalista não apresentava ameaça real para justificar a reação armada da parlamentar.

Tentativa de transferência do caso para primeira instância

A defesa da deputada tentou transferir o julgamento para a primeira instância, alegando que o caso não tem relação com o exercício do mandato parlamentar. No entanto, o STF rejeitou o pedido e manteve o processo sob sua competência.

Julgamento em plenário virtual

O julgamento acontecerá no plenário virtual do STF, o que significa que os ministros registrarão seus votos online, sem necessidade de debate presencial. O resultado será divulgado ao término do período estipulado para a votação.