Plantão da Política: Eduardo Bolsonaro recua em ameaças e expõe Jair Bolsonaro a risco de prisão preventiva; vejamos.

Ameaças vazias e reação nas redes: “Tá com medo agora?”

No vídeo, Eduardo tentou se comparar a um assaltante armado, numa analogia que confundiu mais do que explicou. A tentativa de desescalar o tom provocou revolta até entre apoiadores. Seguidores chamaram o deputado de “covarde” e questionaram sua mudança de postura. Nas palavras de um internauta: “Você não era o machão? Agora aguenta”.

Sanções internacionais seriam inócuas, dizem aliados

Mesmo que as ameaças fossem levadas adiante e o governo Trump impusesse sanções contra ministros brasileiros, aliados do clã Bolsonaro avaliam que o impacto seria nulo. Alexandre de Moraes, por exemplo, não se intimidaria com o bloqueio de cartões de crédito ou suspensão de visto. Uma eventual retaliação ainda criaria uma crise diplomática entre os EUA e o Brasil, considerada improvável.

Financiamento de Eduardo nos EUA envolve Jair Bolsonaro

O escândalo ganhou novos contornos quando Jair Bolsonaro admitiu publicamente ser o financiador da estadia de Eduardo nos EUA. O deputado está sem salário e tem vivido com os recursos provenientes das doações via Pix feitas por apoiadores ao ex-presidente. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), isso pode configurar coautoria ou participação nos crimes atribuídos ao filho.

Possível bloqueio de bens e prisão de Bolsonaro

O procurador-geral Paulo Gonet pediu à Polícia Federal a oitiva de Jair Bolsonaro, apontando o uso indevido dos recursos arrecadados. O risco de medidas cautelares, como bloqueio de bens, é real. O ex-presidente terá que prestar depoimento à PF nos próximos dias, e o conteúdo de suas respostas poderá determinar se o STF decretará ou não sua prisão preventiva.

Fatores que podem levar à prisão preventiva de Jair Bolsonaro

1. Obstrução de Justiça – Participação ativa ou indireta nas ações do filho;

2. Mentira ou omissão – Uso do depoimento para confundir ou esconder fatos;

3. Conivência com ameaças – Tolerância com ataques de Eduardo a autoridades;

4. Reincidência golpista – Continuidade da ofensiva contra a democracia;

5. Desobediência judicial – Recusa em depor ou ignorar prazos legais.

Crise institucional se agrava

Com investigações se acumulando, do golpe de 8 de janeiro ao financiamento de pressões internacionais, Jair Bolsonaro enfrenta um cerco jurídico cada vez mais apertado. A relação entre pai e filho, os gastos no exterior e o uso das redes sociais para intimidar instituições podem custar caro. As próximas semanas serão decisivas para o futuro político e jurídico do ex-presidente.

 

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