Vídeo mostra trio levando corpo de jovem torturado em prédio abandonado para ser queimado em praça

Execução planejada e ocultação do cadáver

De acordo com a Polícia Civil, Leonardo foi atraído até um prédio abandonado na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas por Luiz Gustavo dos Santos Vieira, conhecido como “Menóia”. No local, ele foi rendido, torturado e assassinado com golpes de faca por Luiz, Rafael Menegatto e Ana Beatriz Aparecida de Lima.

Após o assassinato, os criminosos realizaram transferências via Pix que somaram mais de R$ 5 mil da conta bancária da vítima. O corpo foi escondido por dois dias e, depois, enrolado em um colchão para ser levado até a Praça James Francis Smith, onde foi queimado com o objetivo de apagar evidências do crime.

Câmeras registraram o transporte do corpo

As imagens obtidas mostram os três envolvidos empurrando o cadáver, enrolado em um colchão e colocado em um carrinho de transporte, em plena via pública. Mesmo com a movimentação suspeita, pedestres passaram próximos ao grupo sem levantar suspeitas.

Dois ângulos da câmera de segurança registraram a cena, que agora serve como evidência no inquérito policial. A perícia identificou o local da queima como um terreno baldio dentro da praça.

Motivação: o dinheiro da indenização

Segundo as investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime foi motivado por interesse financeiro. Leonardo havia recebido uma indenização de R$ 10 mil poucos dias antes de desaparecer. A quantia teria despertado a cobiça dos criminosos, que planejaram a execução para roubar o valor.

O caso foi inicialmente registrado como desaparecimento, mas mudou de rumo quando um morador encontrou um corpo carbonizado em um terreno. A identidade da vítima foi confirmada por exames forenses.

Condenações e medidas judiciais

Três pessoas foram responsabilizadas pelo crime:

• Rafael Menegatto, autor do assassinato e executor das transferências financeiras, foi condenado a 29 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão;

• Luiz Gustavo dos Santos Vieira, que atraiu a vítima ao local do crime e ficou com parte do dinheiro, recebeu pena de 21 anos de reclusão;

• Ana Beatriz Aparecida de Lima, de 18 anos, participou do crime quando ainda era menor de idade. Ela foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa II de Praia Grande, onde permanece à disposição da Justiça.

Encerramento do caso e repercussão

Com a apreensão de Ana Beatriz, a Polícia Civil deu por encerradas as investigações. O caso chamou atenção pela crueldade da execução e pela frieza dos criminosos ao trafegarem com o corpo pela cidade.

Até o momento, as defesas dos acusados não foram localizadas pela reportagem.

A polícia destacou a importância das imagens de monitoramento na elucidação do crime e reforçou que denúncias anônimas foram cruciais para a localização e prisão dos envolvidos.