Zambelli ironiza extradição e vira alvo de nova investigação de Moraes e STF rastreia doações via Pix para fujona.

Investigação por coação e obstrução

A nova investigação apura possíveis crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infrações penais ligadas a organização criminosa. O caso coloca Zambelli no mesmo patamar de Eduardo Bolsonaro, também acusado de conspirar contra instituições democráticas e que fugiu para os Estados Unidos.

Moraes citou, inclusive, a entrevista em que a deputada diz cogitar pedir asilo político ao governo Trump, adotando o mesmo “modus operandi” do filho “03” de Jair Bolsonaro.

Fuga e deboche da extradição

Zambelli escapou do Brasil pela fronteira terrestre com a Argentina e embarcou para a Flórida. Inicialmente, disse que iria para a Itália, onde possui cidadania, mas agora considera permanecer nos EUA. Em tom de deboche, desdenhou da possibilidade de extradição:

(..) “Estou pagando para ver um dia desses. Se eu tenho o passaporte italiano, ele pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália.”

No entanto, a possibilidade de sua permanência em solo europeu sofreu um revés: o deputado italiano Angelo Bonelli já pediu oficialmente ao governo italiano que analise o caso e avalie a colaboração judicial com o Brasil.

Racha com Bolsonaro e disputa por arrecadação

Nos bastidores, a fuga de Zambelli acirrou tensões com Jair Bolsonaro. A deputada teria se irritado com o ex-presidente por lançar uma campanha de arrecadação dias antes dela anunciar sua própria “vaquinha” para financiar sua saída do país.

Zambelli reclama de dívidas que somam R$ 3 milhões e lançou, em 19 de maio, uma campanha que arrecadou quase R$ 300 mil em 24 horas. Segundo ela, esse dinheiro serviria para pagar multas e, futuramente, tentar pedir prisão domiciliar ou indulto em 2027.

A disputa por doações via Pix expôs um embate interno na extrema direita e contribuiu para o silêncio do clã Bolsonaro diante da situação da ex-aliada. A deputada chegou a usar a mãe, Rita, e o filho, João, em vídeos para apelar por mais dinheiro, ao mesmo tempo em que os lançou como pré-candidatos às eleições de 2026 e 2028.

Reações no Congresso e plano internacional

A liderança da oposição na Câmara saiu em defesa de Zambelli e atacou duramente o STF, afirmando que denunciará “abusos” em instâncias internacionais. Em nota, parlamentares cobraram uma reação do presidente da Câmara, Hugo Motta, classificando a investigação como um atentado sem precedentes à liberdade parlamentar.

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